A World Athletics (WA) – entidade máxima que comanda o Atletismo mundial – por meio da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), realizou, entres 20 e 27 de novembro, em Bragança Paulista, o curso de treinador nível II.
São, ao todo, três níveis. Para atingir o último grau, há a necessidade de ter atleta medalhista em campeonato mundial, além da realização de novo curso.
Seleção de treinadores
No território nacional, foram selecionados 14 treinadores, segundo alguns critérios pré-estabelecidos em nota oficial da CBAt.
Dentre alguns deles, o treinador do Time Jundiaí de Atletismo, Robson Mian, se enquadrou neste perfil de seleção, por ter atletas convocados para integrar as seleções brasileiras; ter atletas no Ranking Brasileiro e ter atletas medalhistas em Campeonatos Brasileiros, nos últimos três anos.
Foi uma felicidade muito grande por ter sido um dos selecionados, devido ao alto nível técnico dos treinadores nacionais de marcha atlética.
Para se ter uma ideia, Gianetti Sena, a treinadora do marchador Caio Bonfim, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, foi uma de minhas colegas de curso, dentre tantos outros treinadores medalhistas e integrantes de diversas seleções brasileiras.
Além disso, os ministrantes foram professores de suma importância no Atletismo nacional, como Adauto Domingues e Edilberto Barros, treinadores dos últimos campeões brasileiros na corrida de São Silvestre; além do uruguaio Oscar Gadea. Os três, são palestrantes em toda a América do Sul, em cursos deste nível da WA.
O curso
Inicialmente, tivemos uma formação virtual, com temas como fisiologia, salvaguarda e planejamento de treinamentos, dentre outros.
Para cada módulo cursado, um teste para verificação de conhecimentos era realizado.
Na parte presencial, foram aulas teóricas e práticas, de suma importância para nossos conhecimentos e futura aplicação com os atletas.
Os ministrantes demonstraram novas técnicas da prova de marcha atlética; como elaborar planilhas para atletas de rendimento; vivências de treinamentos de força; mobilidades; corretivos e a importância de calcular o volume e a intensidade dos treinamentos, além da melhor distribuição destes nas planilhas dos atletas.
Foram dias muito intensos, mas ricos em aprendizado com professores que são grande referência na modalidade.
Nós, professores, também participamos das atividades práticas, o que é melhor, pois tivemos uma experiência semelhante à dos atletas, ficando mais fácil de realizar possíveis correções, se for o caso, quando as técnicas forem aplicadas para eles.
Nestes 7 dias, apresentamos 4 trabalhos e realizamos 2 provas – uma escrita e outra oral – além de passar pela entrevista final, onde eram feitos os comentários sobre nossas participações, correção das provas e mencionada a nota final do curso.
É aquele momento onde todos esperam, de ouvir que está aprovado e comemorar bastante, apesar do cansaço acumulado pela mais do que intensa, porém muito produtiva e da mais alta qualidade, semana de curso.
Atletismo de Jundiaí em 2025
Agora, de volta ao serviço, já estamos aplicando os conhecimentos adquiridos e notando evolução em nossos atletas da marcha atlética, com a intenção de melhorar ainda mais o bom nível que já apresentam.
O curso também serviu para ter uma nova visão de treinamentos, que poderão também ser adaptados aos praticantes de outras provas do Atletismo. Com isso, uma tendência natural de evolução da performance de nossos atletas para a próxima temporada é bastante possível.