Jogos Regionais têm encontro de gerações e mostram diversidade etária das escolinhas da Prefeitura

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Maria Fernanda Cobo, de 15 anos, ao lado do técnico Jair Tavares e o gestor Luís Claudio Tarallo

Na alegria do alojamento de Jundiaí em Tietê, entre quadras, quartos, refeitório e áreas de lazer, adolescentes de 13 anos e senhores de mais de 80 se confraternizam diariamente, confirmando mais uma vez o aspecto democrático dos Jogos Regionais e a tendência da Unidade de Gestão de Esportes e Lazer (UGEL) da Prefeitura de Jundiaí de oferecer atividades esportivas para as mais diferentes faixas etárias.
A equipe de basquete feminino jundiaiense, por exemplo, confirmou sua fama de revelar jovens talentos e levou para a competição meninas de 15 e 16 anos. Mesmo disputando a categoria sub-21, elas fizeram bonito, voltando com a medalha de bronze.
Entre as novatas, casos como o de Maria Fernanda Cobo, de 15 anos, que recebeu o tradicional trote, com o rosto pintado com a palavra ‘bixo’ (com ‘x’ mesmo, como um calouro). “Aqui é tudo muito legal, o clima bem descontraído. E para mim é uma novidade, porque é a primeira vez que fico fora de casa sozinha”, conta empolgada. “Sem dúvida, umas férias escolares bem diferentes.”
Junto com os amigos de time e outras modalidades, se divertia o tempo no alojamento, rindo e curtindo cada segundo de seu primeiro Jogos Regionais. “Seriedade é só na hora dos treinos e quando vamos para as partidas, quando tentamos dar o nosso melhor”, completa Maria Fernanda.

A descontração da nova geração é um dos pontos altos do alojamento de Jundiaí em Tietê

Situação diferente de ‘seu’ Wilson Roberto Ramos, de 73 anos, com mais de 30 Regionais nas costas, técnico e atleta da equipe de bocha de Jundiaí. “A gente é acostumado com Regionais e Jogos da Melhor Idade (JOMI), mas sempre é algo novo, uma cidade diferente, outras pessoas. E é a oportunidade também de encontrarmos amigos das demais cidades, que competimos contra há muitos anos”, comenta.
“Primeiramente fico feliz pela idade que estou e continuar podendo jogar bocha. Agradeço pela consideração que as pessoas dos Jogos têm comigo e a Deus por tudo que já fiz”, diz Geraldo Dias Peres, de 84 anos, seu companheiro de bocha, que desde 1975 disputa a competição.

Geraldo Dias de Peres, de 84 anos, um dos mais experientes

Na equipe de trabalho, que cuida de tudo para que os atletas possam se concentrar apenas em disputar as medalhas, nomes também tradicionais na competição, como o chefe da delegação Wilson Roberto Fernandes, o seu ‘Wilson Zarur’, desde a década de 1980 acompanhando as equipes jundiaienses, e também Ivete Serigato de Souza, de 66 anos, e Ivani Pereira dos Santos Silvério, de 65, que cuidam do setor de lavanderia e dão conta de lavar cerca de 500 peças de roupa por dia. Luís Carlos Facone, de 69, o Luizinho, e Waldecir dos Santos Alves, de 47, completam a equipe de apoio.
“Esse é o maior legado que uma competição como essa deixa para cada uma das pessoas que participam. São lembranças que vão levar para o restante da vida, sigam elas no esporte ou não”, comenta o gestor da Unidade de Gestão de Esportes e Lazer (UGEL), Luis Claudio Tarallo.
As atividades desenvolvidas pela UGEL nos centros esportivos e no Bolão oferecem oportunidade para interessados a partir dos 6 anos, sem limite de idade. Basta ver a modalidade que mais interessa pelo site da Prefeitura (www.jundiai.sp.gov.br).